Novo Ano!

Neste espaço, que reflecte um pouco daquilo que sou, espero inquietar consciências e desencadear reflexões.
Era de noite, uma noite fria de Inverno. Iluminada pelas estrelas, na soleira de uma porta qualquer, estendeu-se, procurando acomodar-se junto daquilo que lhe restava. Há anos que esta rotina se conservava… Os cabelos tapavam-lhe a face e ocultavam a vergonha de ali estar. As caixas de cartão que a protegiam, pareciam já não cumprir a sua missão. De um lado para o outro, algumas pessoas tentavam ansiosamente voltar para casa. Ela continuava ali, não tinha para onde correr… Afinal, era noite, mais uma noite, era a noite de Natal e ela estava sozinha ali.