Mudança e Transição

Da mudança e transição, pode surgir a evolução. Queixamos-nos das rotinas, que chegamos a abominar, mas é quando estas se perdem, que lamentamos o seu desaparecimento. São as habituais ambivalências humanas. Talvez os extremos nos aborreçam, devido ao desgaste; claro que cada um de nós tem a sua grelha de ponderação, assim, o "muito", poderá assumir contornos de "pouco" ou "quase nada". Há um receio que nos assalta, quando pensamos na mudança, que representa o desconhecido, algo que não controlamos; excepção feita para aqueles que buscam no desconhecido, a sua forma exclusiva de gratificação. Neste caso, o risco, o desafio são o móbil de toda a acção; os receios, se existirem, são remetidos para segundo plano, ou internalizados como impulsos para a acção. Há momentos nos quais temos que arriscar, tentar, experimentar; sob pena de vivermos a lamentar aquilo que não fizemos e desejávamos ter feito; porém, nessa retrospectiva das vivências passadas, poderá já não haver retrocesso possível. Amigos, comentemmm Beijos e a todos!

Cidade Luz

Por uns dias, estive ausente desta nossa realidade e procurei a luz da cidade de Paris.

Sem dúvida, uma cidade que transborda vida e diversidade cultural.

No burburinho da confusão, causado por todos aqueles que querem aparecer onde é suposto estarem, é possível reparar nos pormenores da arquitectura, faustosa e megalómana da cidade francesa. Cada visita, representa uma alucinante viagem na história de França, da Europa, e claro, de todos nós.

O ambiente multicultural que se respira é igualmente interessante e indutor de uma certa joie de vivre. Museus, galerias, jardins, esplanadas e cafés são realmente apaixonantes.

Destaco as margens do Sena, o Museu de Rodin, o Louvre, o fabuloso Palácio de Versailles, bem como os maravilhosos jardins espalhados por toda a cidade... imperdíveis!

Paralelamente à industria do turismo, subsistem aqueles que procuram apenas estar vivos mais um dia, e que podiam ser "visitados" nas margens do Sena, num qualquer lugar recôndito, reduto da cidade luz.

Paris é indubitavelmente uma cidade grandiosa, mas também é muito bom regressar a casa com uma colecção de momentos inesquecíveis para sempre recordar.

Bisous

Controlo ou Espontaneidade?

Procurando variar um pouco as temáticas aqui do blog, hoje apetece-me escrever sobre o ódio, ou a raiva. Esta é uma emoção radicada nos primordios evolutivos da espécie humana; mas apesar da longa escala de evolução e complexificação do ser humano, todos experimentamos, com maior ou menor frequência e intensidade estados alterados, resultantes da transgressão de um direito que consideramos nosso, aquilo que vulgarmente designamos "injustiça"; esta emoção desmedida e igualmente intensa aparece intimamente relacionada com as doenças cardiovasculares, sendo frequente em personalidades hipervigilantes, que procuram constantente o controlo do ambiente em que estão inseridas. Elevados níveis de stress, um estilo de vida sedentário e com pouca disponibilidade para si e para os outros, completam o quadro. Claro que podemos aprender a gerir de forma inteligente as nossas emoções, principalmente, aquelas que nos prejudicam, já que se transformam em sintomas físicos mais ou menos graves. Algumas vozes, perante tais argumentos, erguem-se de imediato; defendem a espontaneidade do indivíduo, talvez um funcionamento psíquico de tipo instintivo; outras, preconizam uma estruturação harmónica das emoções e portanto uma gestão eficaz das formas de sentir. Mas não será esta uma forma de "aprisionamento" do nosso verdeiro eu? Amigos, comentem! Beijos e Boas Férias a Todos ;)