Mão na mão - Altruísmo
Dar algo de nós aos outros, parece ser inerente ao ser humano; o sentimento de dádiva, de entrega pode ser uma experiência única de valorização daquilo que somos enquanto pessoas; apesar do individualismo e rivalidade que observamos no nosso mundo, há cada vez mais pessoas que entregam um pouco de si aos outros; que conseguem dar cor aos dias cinzentos de uma vida sem rumo ou que fazem sorrir alguém que se julgava incapaz de o fazer. Quando somos solidários, experimentamos sensações únicas que nos fazem mergulhar num estado de paz e felicidade, sentimo-nos mais humanos.
Às vezes, um sorriso é suficiente…
Sorrisos para todos ;)
posted by CéuGomes @ Wednesday, February 28, 2007
8 Comments
8 Comments:
Também acho que um sorriso pode fazer milagres e quanto a darmos um pouco de nós aos outros...parece-me ser uma das formas mais sublimes de SER!
Neste mundo conturbado, onde por vezes assistimos a "seres" trepadores que não olham a meios para atingir fins...é cada vez mais animador assistir a actos de altruísmo entre seres humanos, com todas as letras.Quando somos nós a fazer algo, por menor que seja, o valor do acto pode ser medido na directa proporção dos sorrisos que gera...ou das lágrimas que não caiem...ou ainda daquelas que se enxugam, se não se puderem evitar.
A paz gerada compensa...largamente aquela coisinha que não pudemos adquirir, mas que afinal pode ser dispensada...Gosto de gestos simples e de pessoas com pouco verniz e muita raiz...de preferência com rumos definidos e não ao sabor da maré, quando a maré se chama oportunismo.
Beijinhos Miss Poetry por ideias tão grandiosas.
Dear anónimo:
I guess we all have a part of us that wants to help, to be with the others, sometimes, we just can´t see it cause we are running to the otherside...
Kisses and thanks ;)
Comeco a achar que ser solidario e' um valor que vai germinando dentro de nos desde pequenos, e que, chegados a idade adulta apenas circunstancias especiais e muito intensas da vida podem alterar o nosso conjunto de valores que constituem a nossa base de existencia como seres inteligentes.
Sinto que essa genese em mim nao teve grandes frutos. E esse valor anda por vezes ao sabor do vento.
Mas assumo.
Por outro lado, quantas nao sao as pessoas que dizem ter um rumo nesta dimensao, que de facto fazem caridade, prestam cuidados e sao solidarias, mas que por outro lado estao completamente descompensadas noutras dimensoes da sua vida, configurando essa atencao mais um desvio, uma fuga para fora, do que na realidade um sentimento verdadeiro de ajudar estranhos. Quantas ajudam terceiros desconhecidos porque sao incapazes de se ajudar a si proprias e aqueles proximos que as rodeiam.
O ser solidario e’ uma dadiva que temos dentro de nos, uns mais, outros menos. No entanto, por vezes “vendem-se” actos de caridade que na realidade configuram o ridiculo de pessoas que apenas queriam sentir-se solidarias. E, por isso, pelos vistos, ser solidario tem um preco – a economia de mercado esta em tudo.
Comecei a assumir que o altruismo e’ um tipo de egoismo nao muito forte em mim, e acabei a desacreditar muitos daqueles que “apregoam-se” como altruistas. Nada disto desacredita tantas accoes positivas que por esse mundo fazem nascer novos sorrisos ou recuperam outros. Apenas que muitas falsas solidariedades e altruismos sao apenas capas que escondem desvios comportamentais, frustracoes ou corrupcao.
Acredito que apenas com optimismo chegamos a algum lado. Mas olhando ‘a nossa volta, para o mundo, para tudo o que acontece, para as pessoas, as sociedades, as suas interaccoes, nao consigo ser optimista. E por isso acredito que nunca chegaremos a lado nenhum, como civilizacao.
Helix:
Uma perspectiva tão negativa só pode gerar ainda mais insatisfação... a civilização humana não é perfeita e ainda bem! Certamente k temos um longo caminho a percorrer como indivíduos, na existência humana e k, por vezes, não sabemos lidar com a evolução e deixamo-nos dominar pela utilização perversa desta. Mas se olhares à tua volta, com um olhar límpido e genuíno, como se de uma criança se tratasse, podes ver k há quem dê, sem nada esperar em troca; consideras k isso é um acto egoísta, já k traz bem-estar a quem o protagoniza, execelente, sejamos todos egoístas então; se assim fosse, o mundo seria um lugar bem mais agradável. Eu acredito na natureza humana, recuso-me a deixar de acreditar! Se as pessoas são solidárias, para compensar outras dimensões de vida, se dessa forma se conseguem reencontrar, não prejudicando ninguém, pode não ser o ideal, mas não vejo ai qq problema... Sem posições extremadas, viva a vida, o amor e a existência!
O altruismo e' apenas mais uma forma de satisfacao do individuo; os seus resultados, na maior parte das vezes positivos, sao insignificantes do ponto de vista da verdadeira mudanca que se quer no mundo.
Ex1: O problema de criancas deficientes em Portugal abandonadas, ou criancas orfas, etc, pode facilmente ser resolvido se as accoes de altruismo aumentassem.
Ex2: Todos os problemas que as criancas africanas enfrentam, desde serem obrigadas a pegar em armas, a prostituirem-se, a sofrerem maus tratos, a sofrerem doencas e nao terem quaisquer cuidados medicos, a sofrerem pela fome ou pela sede, a morrerem prematuramente, contra tudo isto, nao ha altruismo que consiga resultados. Os resultados passam sim pela consciencia global, e pela accao global.
O meu altruismo e a minha sugestao: cada pais desenvolvido abracaria como irmao uma outra nacao do mundo subdesenvolvido. As pessoas do pais desenvolvido concordariam em que uma parte dos seus impostos servisse para investimentos a todos os niveis no pais subdesenvolvido, bem como haveriam incentivos fiscais para as pessoas deslocarem-se a esse pais e prestar ai a sua ajuda in loco, mas sempre no ambito de accoes globais, pensadas e estruturadas.
A divisao dos paises obedeceria a criterios de proporcionalidade de grandeza, de cultura e diferencial de desenvolvimento.
E este o meu altruismo.
NuvemTransparente:
Claro que essas acções globais teriam alto impacto, mas se eu, como cidadã não tenho capacidade para uma mobilização desse tipo, devo ficar de braços cruzados?
Beijinho especial
A tua questao e' muito pertinente.
O que eu defendo e' que se consegue mais resultados, se se desenvolver grupos de pressao para reinvindicar junto de todas as organizacoes relevantes (entre elas os governos) um minimo de condicoes de vida para todas as pessoas no mundo.
O problema e' que isto implicaria redistribuicao de riqueza dos paises ricos para os paises pobres, e as pessoas nos paises ricos teriam que abdicar de alguns dos seus bens superfluos para travar esta luta pelo desenvolvimento sustentado do mundo subdesenvolvido. No entanto, acredito que a grande maioria das pessoas nao esta disposta a isso, preferindo de vez em quando dar esmolas, oferecer bens alimentares, etc, qualquer coisa que nao configure uma responsabilidade assumida de ajuda, porque disso a generalidade das pessoas foge.
Mais uma vez, sublinho que, como e' obvio, ha pessoas excepcionais neste mundo que sao verdadeiros exemplos de nobreza humana pelas accoes que praticam. Na minha critica, nao me refiro a estas pessoas, mas a todas as outras, que sao a generalidade, e nas quais me incluo. Porque na verdade, falo ou escrevo, mas nao faco nada.
Helix:
Mas então, se defendes tudo isso, porque não investes em algo k te faça concretizar aquilo que dizes? Isto é, se essa for a tua vontade :)
Podemos optar por ficar pela analise e discussão (k é muito importante) ou passar à concretização daquilo em k acreditamos. A vida é tão curta para assistirmos a ela como meros espectadores ;)
Beijossssssss iluminados!
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