Wednesday, August 02, 2006

Controlo ou Espontaneidade?

Procurando variar um pouco as temáticas aqui do blog, hoje apetece-me escrever sobre o ódio, ou a raiva. Esta é uma emoção radicada nos primordios evolutivos da espécie humana; mas apesar da longa escala de evolução e complexificação do ser humano, todos experimentamos, com maior ou menor frequência e intensidade estados alterados, resultantes da transgressão de um direito que consideramos nosso, aquilo que vulgarmente designamos "injustiça"; esta emoção desmedida e igualmente intensa aparece intimamente relacionada com as doenças cardiovasculares, sendo frequente em personalidades hipervigilantes, que procuram constantente o controlo do ambiente em que estão inseridas. Elevados níveis de stress, um estilo de vida sedentário e com pouca disponibilidade para si e para os outros, completam o quadro. Claro que podemos aprender a gerir de forma inteligente as nossas emoções, principalmente, aquelas que nos prejudicam, já que se transformam em sintomas físicos mais ou menos graves. Algumas vozes, perante tais argumentos, erguem-se de imediato; defendem a espontaneidade do indivíduo, talvez um funcionamento psíquico de tipo instintivo; outras, preconizam uma estruturação harmónica das emoções e portanto uma gestão eficaz das formas de sentir. Mas não será esta uma forma de "aprisionamento" do nosso verdeiro eu? Amigos, comentem! Beijos e Boas Férias a Todos ;)

3 Comments:

At Thursday, August 03, 2006 , Blogger Gonçalo said...

Eu dou o meu primeiro voto a favor da espontaneidade...Porque é aquela que fez a melhor campanha eleitoral na minha vida, clarificou os meus sentimentos por mim e pelos outros em debates públicos muito esclarecedores, e é aquela em quem deposito maior confiança para o futuro governo da minha vida...
Talvez existam momentos da minha vida em que o controlo emocional é importante, como é o caso da minha profissão, mas mesmo nessa situação a espontaneidade será mais facilmente agradecida pela pessoa do que a frieza e calculismo que o controlo proporciona...Afinal de contas somos seres humanos, temos sentimentos e racionalizamos já em demasia esses sentimentos, para quê racionalizar mais?
Acredito que a chave da felicidade passa pela espontaneidade, mostrando mais o que sentimos sem receios e raciocínios desnecessários, e muito menos perdas de tempo. Como eu costumo dizer, façamos o que sentimos, ouçamos a voz do nosso coração, porque ela traz a mensagem do destino que nos conduzirá à nossa felicidade...As resistências só nos provocam doenças e os tais sintomas fisicos que referiste...portanto, para quê ficar doente?Para quê resistir?
Sejam vocês mesmos e não inventem sentimentos que não sentem por medo de sofrer..o sofrimento é o caminho para a felicidade...
Sejam felizes:)

 
At Friday, August 11, 2006 , Anonymous Anonymous said...

Depois de algumas experiências e reflexões para crescimento pessoal e melhor convivência social, penso ter chegado a uma conclusão que, não será, certamente, definitiva.
Controlo não é sinónimo imediato de Aprisionamento, assim como, passe a redundância, algum controlo sobre as acções desencadeadas pelas emoções ou sentimentos, não significa falta de sinceridade, falta de verdade nos mesmos. Controlo pode significar só ganhar tempo para uma mais oportuna e adequada manifestação; menos exposição em situações que possam tornar-se prejudiciais para o indivíduo. Controlo pode significar Equilíbrio. O Controlo não tem que, forçosamente, inibir a Espontaneidade.

 
At Tuesday, August 15, 2006 , Blogger CéuGomes said...

Caro Anónimo:

O equilíbrio é, para mim, a essência da vida. É nesse mar que eu quero navegar.
;)

 

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