As Palavras
São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras? (Eugenio de Andrade) As palavras são realmente importantes, tornam possível a partilha daquilo que somos. Podem ser usadas para acalentar, para amar, mas também com o propósito de magoar, podendo provocar autênticas tempestades emocionais, de repercussões, muitas vezes, imprevisíveis e até irrecuperáveis. Será sempre nossa a escolha...
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